Algumas das partes do texto que mais me chamou a atenção são estes postados, que dão uma idéia sobre o papel que a mídia tem e não faz, de acordo com o autor (e eu concordo!), não explorando o assunto, já que os acontecimentos que mais dão "audiência", são outros.
O atrofiar das conseqüências, por Nelson Hoineff
"Dos muitos débitos que a mídia tem com a sociedade, o maior é o da banalização da notícia. Ao banalizar a informação, a mídia rejeita sua capacidade de fazer com que cada uma das pessoas que atinge, muito especialmente as milhões de pessoas que confundem reprodução com representação do real, tornem-se agentes de transformação da sociedade. (...) A mídia tem falhado grosseiramente, entre outras coisas, em despertar a consciência ecológica das pessoas. É uma questão supra-partidária, praticamente consensual. E no entanto a população da Terra continua dilapidando todos os dias a qualidade de vida na sua vizinhança, inviabilizando a possibilidade de vida futura no planeta. O aquecimento global é a mais recente fonte de preocupação ambiental em todo o mundo e o estarrecedor é que a consciência em torno do problema tenha se formado tão recentemente. (...) O calor dos argumentos de Al Gore corre o perigo de se derreter nesse formato, como as geleiras que se esfacelam no Ártico ou na Groenlândia. Mas a pertinência do que está sendo dito não se dissolve. Uma Verdade Inconveniente faz timidamente pela sobrevivência do planeta, o que a mídia poderia fazer numa escala gigantesca, de que nenhum filme é capaz. Desperta a consciência para a iminência da extinção da raça humana, que até bem recentemente os cientistas só esperavam para os próximos milhares de anos. Mostra que a qualidade de nossa vida no planeta vai piorar na semana que vem, e no próximo ano, e todos os dias. Essa não é uma invenção do protagonista – é um consenso científico. "
Um comentário:
Concordo com o autor do artigo quando ele fala que a mídia banaliza informações e deixa de prestar serviços como incentivar uma consciência ambiental nas pessoas. Por outro lado, questiono se as coisas não são assim pelo fato de a grande massa (ou significativa parte) não se interessar ou não ter o suficiente de fundamentos para acompanhar essa discussão... Assunto complicado.
Postar um comentário